Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Associação dos Produtores deHortigranjeiros e Derivados, do Vale do São Francisco (Valexport), JoséGualberto de Freitas disse à Agência Brasil que "a iniciativa defazer proteção radiativa de alimentos é muito positiva e o Brasil, estámuito atrasado nisso". Para Freitas, já devia haver no país instalaçõesindustriais apropriadas para essa prática. “Isso sempre foi objeto de luta daValexport".A entidade congrega a maior parte dos produtores do Vale doSão Francisco, onde segundo informou deverá ser instalada uma unidade pilotopara o processamento fitossanitário dos alimentos que vão para exportação.José Gualberto estima que o aparato técnico deve custarentre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões para o governo, e o custo operacional ficarápara os produtores. Para ele, o tratamento das frutas será importante tambémpara outros pontos produtores, como o Nordeste, que estão longe dos mercadosconsumidores do país e do exterior. "Se a fruta receber esse tratamentoenquanto fresca, ela durará muito mais".O Ministério da Agricultura abriu consulta pública, por 90dias, para o projeto de instrução normativa que vai disciplinar a aplicação daradiação ionizante no tratamento fitossanitário. O uso de instalações com esseobjetivo, segundo Costa vai permitir também controle sobre a entrada de pragasno país trazidas por alimentos importados.O sistema de controle fitossanitário por irradiação consisteem trilhos por onde os alimentos correm, já embalados e prontos paraexportação, sem qualquer intervenção do tratamento na fase de plantio.Segundo o Instituto de Pesquisas Energéticas eNucleares (Ipen) a irradiação ionizante conserva os alimentos, reduzindo asperdas naturais causaas por brotamento, maturação ou envelhecimento, além deeliminar e reduzir microorganismos, parasitas e pragas sem afetar a qualidadedo produto.