Mantega e Furlan defendem fortalecimento de bancos de fomento do continente

18/01/2007 - 10h10

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luis Fernando Furlan,defenderam o fortalecimento de mecanismos de fomento existentes na América doSul em vez da criação do Banco do Sul, como foi proposto ontem (17) pelopresidente venezuelano, Hugo Chávez.Segundo Furlan uma das possibilidades para aumentar osfinanciamentos aos países sul-americanos é aumentar o capital da ComissãoAndina de Fomento (CAF). De acordo com o ministro, o Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá capitalizar a CAF em US$ 200milhões.“Eu ficaria feliz se o BNDES e a CAF pudessem atuar de formamais agressiva no âmbito da região. Seria um bom começo fazer os mecanismosexistes funcionarem”, disse Furlan.Para o ministro da Fazenda, uma das alternativas seria fazercom o BNDES atuar de forma conjunta com o Banco de La Nacion da Argentina e oBanco de Desenvolvimento da Venezuela. “Como esses bancos já têm poderfinanceiro e estrutura, eles estão aptos a funcionar imediatamente. Então não épreciso esperar uma nova estrutura e uma nova legalização”, acrescentouMantega.Os dois ministros acreditam, no entanto, que a idéia doBanco do Sul é válida e que pode ser pensada para o futuro. Mantega e Furlanparticipam hoje da Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, no Rio deJaneiro.