Líder do PFL defende apoio a Aldo para levar eleição para o segundo turno

18/01/2007 - 19h38

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A melhor forma do PFL ajudar a campanha do candidato daterceira via à Presidência da Câmara, Gustavo Fruet (PSDB-PR), é manter o apoioao atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e forçar um segundo turno. A estratégiaé do líder do PFL no Senado e candidato à Presidência da Casa, José AgripinoMaia (RN), que considera inviável a debandada dos deputados pefelistas para acandidatura de Fruet no primeiro turno.“É preciso respeitar a racionalidade. O compromisso tomadopelo PFL na candidatura de Aldo Rebelo vem de longe. Se o deputado GustavoFruet, que é um excelente candidato, tivesse sido candidato naquela época, nãotenham dúvida que estaríamos com ele”, afirmou o senador.Segundo o senador, o melhor para Fruet é evitar que AldoRebelo retire a sua candidatura caso perca o apoio do PFL, que tem uma bancadade 65 deputados na Câmara. “Com a candidatura de Gustavo Fruet, o segundo turnoestá assegurado. Fruet pode ir para o segundo turno. Se isso acontecer elecontará com os votos do PFL”, afirmou o líder.Agripino Maia descartou qualquer possibilidade do PFL nãoapoiar Fruet na Câmara contaminar a aliança feita com o PSDB em torno de suacandidatura à Presidência do Senado. “O PSDB é um partido racional e já foramfeitas conversas neste sentido”, afirmou. Gustavo Fruet já assimilou a postura dos pefelistas. Ele nãoespera qualquer apoio institucional do partido no primeiro turno. Independentedisso, o parlamentar disse que já manteve conversas diretas com deputados doPFL. A estratégia de Fruet é trabalhar em duas frentes: conversas individuaiscom parlamentares de praticamente todos os partidos e com representações deentidades da sociedade civil, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras.O parlamentar acredita que pressões de fora para dentropoderão ajudar alguns deputados, principalmente os que ainda estão indecisos, atomarem posição (pelo seu nome). “Por entender que são entidades que tiveramuma importância muito grande neste período em acompanhar os trabalhos doLegislativo, a Câmara não pode falar só para o seu umbigo. A Câmara não podeolhar só para dentro. Se a Casa existe é por causa da sociedade”, disse.Hoje, Rebelo e Fruet discutiram a formatação do debate queserá transmitido pelas rádio e TV Câmara. Amanhã, é provável que o assunto sejaavaliado entre o presidente da Câmara e Chinaglia. Segundo a assessoria de imprensa de Rebelo, o debate deveacontecer na quarta-feira ou quinta-feira da próxima semana.