Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção daIgualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, disse que o Brasil temmuito o que aprender com as práticas dos países africanos de busca pelalibertação e pela auto-sustentabilidade. Esse, segundo ela, é um dossignificados da participação brasileira na edição deste ano do FórumSocial Mundial, que começa este sábado (20) em Nairóbi, capital do Quênia, no sudoeste afriano.“Sei do potencial que os países africanos têm no que diz respeito abuscar seu desenvolvimento e autonomia política”, disse em entrevista àRádio Nacional.Matilde Ribeiro vai participar de duasmesas de debate no Fórum - uma sobre a construção de agendasdemocráticas tendo em vista o combate à pobreza e a superação doracismo e outra que vai resgatar discussões de encontros anteriorescomo a Conferência das Américas. “Vamos verificar até que ponto asplataformas, as declarações assinadas pelos governos nessasconferências estão sendo aplicadas e como se dá a relação com asociedade civil”, disse. “Esse evento não tem por objetivo a formataçãode uma plataforma acabada de assuntos para governo. É um espaço deintercâmbio e de troca de experiências”, acrescentou.Segundo aministra, essas conferências anteriores serviram para estreitar oslaços entre Brasil e África. “Os países africanos têm um interessemuito grande na relação com o governo brasileiro e a igualdade racial,a cultura negra é um forte elemento dentro desse intercâmbio”, destacou.