Especialista diz que Força Nacional de Segurança atuará no Rio como um balde d'água no incêndio

18/01/2007 - 13h39

Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - O professor do Núcleo de Estudos Estratégicos daUniversidade Federal Fluminense, Ronaldo Leão, afirmou hoje (18) que a ida dos500 homens da Força Nacional de Segurança Pública (FNS) ao Rio de Janeiro noúltimo domingo (14), para conter as ações do crime organizado, serve para “taparum buraco temporário”. “A ajuda da FNS atua como um balde d’água no meio de umincêndio, porque nós temos um problema qualitativo e quantitativo nas forças desegurança pública e defesa nacional”.Os 500 policiais especializados foram distribuídos em 19pontos do estado. Para Leão, o número é insuficiente. “Se for analisada a escalados agentes, no máximo 12 homens trabalharão simultaneamente no mesmo ponto”.Leão disse que se a polícia do estado tivesse quantidade equalidade suficiente para atender a população, a FNS não precisaria seracionada. O Rio de Janeiro tem atualmente 38 mil policiais militares, 11 milpoliciais civis e 600 peritos.“O ideal para atender a população do Rio seria um efetivo de90 mil policiais militares, 36 mil policias civis e 6 mil peritos”, disse oprofessor.Segundo Leão, toda alternativa de combater a violência é válida. Mas, segundoele, para fazer um policiamento eficaz seria necessário realizar alterações nosistema de segurança brasileiro.“Os policiais militares deveriam receber treinamento demelhor qualidade, o efetivo teria que ser maior e os meios de transportes dapolícia teriam que ser adequados às necessidades da população”, defendeu.