Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As corregedorias das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro deverão instaurar investigações internas sobre as denúncias de envolvimento de policiais com o tráfico de drogas e com a chamada "máfia das máquinas caça-níqueis". A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria, as corregedorias só aguardam os relatórios dos inquéritos da Polícia Federal que apuram os crimes supostamente cometidos pelos policiais fluminenses. O corregedor da Polícia Militar, coronel Paulo Ricardo Paul, informou que se os relatórios indicarem crime comum, o instrumento de investigação será a sindicância. Mas, se houver indícios de crime militar, como associação com o tráfico durante o serviço, a medida a ser tomada é a instauração de um inquérito policial militar (IPM).O corregedor da Polícia Civil, delegado Ricardo Martins, explicou que policiais investigados pela Polícia Federal terão suas condutas verificadas no inquérito instaurado em julho, com o objetivo de apurar o envolvimento de policiais civis com os grupos que controlam os jogos caça-níqueis. A Polícia Militar informou ainda, em nota à imprensa, que foram soltos hoje nove dos 76 policiais militares presos na Operação Tingüí, da Polícia Federal. Eles haviam sido presos administrativamente pela própria PM, na sexta-feira (15), já que havia mandados de busca e apreensão contra eles, por suspeita de envolvimento com quadrilhas de traficantes de drogas. Como os nove policiais eram suspeitos mas não havia mandado de prisão contra eles, a PM determinou apenas uma prisão administrativa de 72 horas, prazo que se encerrou hoje.