Ministro das Cidades defende transporte público coletivo mais eficiente e racional

18/12/2006 - 23h19

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse hoje (18) que o Estudo do Planejamento Estratégico (EPE) de Integração do Transporte Público Coletivo da Região Metropolitana de Porto Alegre é o passo inicial para os três níveis de governo – municipal, estadual e federal – trabalharem juntos. “É preciso tornar o transporte público coletivo mais eficiente e racional, com custo menor para os usuários, evitando superposições de linhas, que levam ônibus a percorrerem os mesmos trajetos, uns vazios e outros lotados", afirmou. Segundo o ministro, “a tarifa social também tem que ser discutida, pois um transporte ágil e barato ajuda no sucesso da construção de uma política habitacional". Ao receber o Estudo, Fortes destacou também a necessidade de criação de um consórcio operacional para gerir o setor: "Não é mais possível ter pessoas nas regiões metropolitanas, com casa e trabalho, morando embaixo de pontes devido ao preço caro do transporte público". O Estudo se refere a 2003 e aponta que 1,634 milhão de passageiros usavam, por dia, o sistema de transporte público na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a Companhia de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), a pesquisa propõe um modelo funcional para o futuro sistema de transportes públicos coletivos e oferece, com base em experiências nacionais e internacionais, e na recente legislação federal sobre Consórcios Públicos, uma alternativa para a estruturação institucional do planejamento, gestão e controle do transporte público, por meio da criação de uma entidade única que integre as diversas existentes. Antes da cerimônia, no Palácio Piratini, Márcio Fortes inaugurou o Loteamento Santa Teresinha, construído para mais de 120 famílias que residiam na antiga Vila dos Papeleiros, na região central da cidade. Representando a comunidade, Antônio Carbonera recebeu as chaves das novas casas, entregues pelo prefeito José Fogaça. O nome do loteamento foi escolhido pelas 213 famílias da comunidade, atingida por um incêndio em fevereiro de 2005.  da antiga Vila dos Papeleiros, que foi atingida por um incêndio em fevereiro de 2005. Ainda está prevista a construção de mais 254 moradias no loteamento, que conta com investimento total de R$ 14,7 milhões, dos quais R$ 7,5 milhões do governo federal e o restante, de contrapartida da prefeitura.