Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar, em Manaus, da solenidade de inauguração da Usina de Geração de Energia Termelétrica Cristiano Rocha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que seu compromisso com a população brasiliera, no segundo mandato, será ainda mais “arrojado e ousado” do que no primeiro. Lula explicou que, a partir de 1º de janeiro de 2007, não terá mais que se comparar com o governo anterior, mas sim com o primeiro mandato: “Por isso eu tenho que fazer mais e muito melhor e, sobretudo, com muito mais competência, combinando desenvolvimento econômico, distribuição de renda e uma política de educação de qualidade”, disse. Em seu discurso, o presidente também fez referência à pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje (18), e que aponta avaliação positiva do governo em seu maior patamar desde 2003. "Ao terminar o nosso mandato, as pesquisas estão a demonstrar que o nosso governo tem o mais alto reconhecimento desde que os institutos de pesquisas começaram a medir. E isso não me deixa mais de sapato alto. Isso me deixa com muita mais responsabilidade.”Na cerimônia de inauguração, Lula também destacou a importância de governantes investirem, com maior rigor, no Norte e no Nordeste do país – regiões que, segundo ele, foram abandonadas ao longo dos últimos anos. E defendeu que investir em energia é um grande passo para o desenvolvimento nessas regiões, além de garantir a vinda de mais investimentos estrangeiros."O Brasil tem de construir mais termelétricas, hidrelétricas, mais energia de biocombustível, porque a energia será o grande atrativo para que a gente possa convencer empresários estrangeiros e brasileiros a fazerem investimentos no Brasil. Quando nós formos convidar alguém para fazer investimento numa atividade industrial, a primeira pergunta que as pessoas nos farão é se o Brasil terá energia suficiente para garantir a implantação de um projeto ou se o Brasil vai viver de apagões, como nós vivemos em outro momento da história do Brasil”, disse.Lula também elogiou a parceria entre a iniciativa privada e os fundos de pensão, que possibilitou a construção da usina Cristiano Rocha. "Eu espero que essa vontade de investimentos dos fundos de pensão aconteça cada vez mais. Também não podemos admitir que os fundos de pensão façam investimentos para terem prejuízo, porque o prejuízo não será do fundo, será do aposentado. E nós queremos que o fundo trate os aposentados com o carinho com que precisam ser tratados, mas também queremos dizer para os fundos que cada vez mais vocês vão ter menos possibilidade de ganhar dinheiro comprando titulo, porque os juros vão caindo e vocês vão ter de procurar produção, investimento produtivo, infra-estrutura para poder garantir o futuro dos pensionistas de nosso país”, finalizou. A usina Cristiano Rocha vai gerar 85,38 megawatts de energia e terá capacidade para atender 200 mil habitantes da região Norte. A obra contou com recursos de cerca de R$ 200 milhões dos fundos de pensão Petros (Petrobras) e Postalis (Correios), além de outros investidores, e gerou 600 empregos diretos e indiretos. Com a entrada em operação, serão criados mais 80 empregos.