Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou hoje (18), ao participar em Manaus da 224ª reunião do Conselho Administrativo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a importância do investimento na região Norte, por seu governo e pelos futuros governantes. Nos últimos anos, disse, a região ficou carente de investimentos: “Estou convencido que poderemos fazer muita coisa neste país. Ascoisas estão engatilhadas, os projetos definidos, já assumimos ocompromisso de que vamos fazer acontecerem as prioridades do Brasil que vamosanunciar, e aí vamos trabalhar para ver o Brasil superar, depois de 30anos, o índice de 5% de crescimento na economia. Nós não queremos queseja um 5% e depois um 2%. Também não precisamos ficar crescendocomo crescíamos no auge do Milagre Brasileiro. O importante é a gentecrescer de forma duradoura, 10 ou 15 anos, a inflação ser controlada –senão, o povo pobre é quem paga o pato – e controlar nossos gastos, porquea gente não pode gastar mais do que a gente arrecada”, disse.A Suframa, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, além de administrar a Zona Franca de Manaus, tambématua no desenvolvimento da região, assegurando a utilização sustentáveldos recursos naturais, a viabilidade econômica e a melhoria daqualidade de vida da população local.Lula reafirmou, em seu discurso, que nos próximos quatro anos de mandato seu governo vai trabalhar “mais, melhor e com mais eficácia”. E acrescentou: “Se todo mundo tem que ser sério, nós temos que ser sério e meio, porque nós temos consciência do que foi o sacrifício deste primeiro mandato. Quem teve no governo as chibatadas que nós tomamos para chegar aonde nós chegamos, e chegamos no final do mandato como o governo mais bem avaliado da história do Brasil desde que os institutos medem avaliação de governo, é pouco diante da pretensão que nós temos para fazer deste país a nação do século 21". O presidente se referia ao resultado da pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta avaliação positiva de seu governo. Sobre a perspectiva de destravar o país nos próximos quatro anos, Lula disse acreditar que seu governo “errou menos” do que os anteriores. E reafirmou que no segundo mandato, "nós temos o direito de fazer mais e melhor, aliás, o direito não, a obrigação de fazer mais, porque nós já aprendemos, porque já sabemos aonde está o caminho das pedras, nos já sabemos quem é que cria dificuldade, aonde está o caminho para tentar desburocratizar e destravar este país”. Segundo Lula, "destravar o país é fazer as obras que precisamos fazer, de infra-estrutura. Ou nós fazemos ou nenhum de nós vai colher aquilo que é preciso colher para o país crescer 5% ou 6% ao ano”.