Justiça dos EUA negou pedido de adiamento no caso do vôo 1907, informam brasileiros

18/12/2006 - 19h17

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Justiça norte-americana negou hoje (18) ospedidos de adiar o julgamento do caso do acidente aéreo que matou 154 pessoasem 29 de setembro, feitos pelos advogados das empresas ExcelAire e Honeywell edos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, pilotos do jato executivoque se chocou contra o Boeing da Gol. A informação é do presidente daAssociação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Jorge AndréCavalcante, confirmada pelo advogado Leonardo Amarante, que representa asfamílias brasileiras.A ExcelAire é a empresa dona do jato. A HoneyWellé a fabricante do transponder, equipamento eletrônico de comunicação queemite sinais capazes de identificar o avião e que, se estivesse funcionando,poderia ter impedido a colisão. Durante a primeira audiência no tribunal de NovaYork para julgar a ação movida por 21 familiares de vítimas do acidente da Gol,de acordo com Cavalcante, os advogados dos réus solicitaram que o caso sófosse julgado após a conclusão das investigações brasileiras. Para eles, acorte norte-americana não seria local apropriado para apreciar o desastreocorrido em território brasileiro.De acordo com o advogado Leonardo Amarante, aonegar o pedido, o juiz norte-americano manifestou o desejo de concluir ojulgamento até abril de 2007. Jorge André Cavalcante, da Associação deFamiliares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, elogiou a decisão. “Isso demonstraa disposição de solucionar o caso o mais rápido possível. Sabemos que ainda teremosde apresentar todas as provas, mas, até este momento, os pilotos vinham sendotratados como inocentes em seu país”, comentou, em entrevista à Agência Brasil.O presidente da associação de familiares criticou apostura dos pilotos norte-americanos, chamando-os de inconseqüentes. “São, nomínimo, inexperientes, pois seguiram rota diferente da determinada pelo planode vôo e desligaram o transponder ou não atentaram que ele estavadesligado”, disse. Pior, eles têm sido inconseqüentes ao afirmar para aimprensa de seu país que agiram corretamente e que não têm responsabilidadepelo acidente.”