Brasil e Bolívia vão avaliar juntos impacto de hidrelétricas no Rio Madeira

18/12/2006 - 18h07

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e da Bolívia, David Choquehuanca, afirmaram hoje (18) que serão retomadas as atividades do grupo de trabalho que trata do aproveitamento racional do Rio Madeira. O governo brasileiro propõe a construção de duas hidrelétricas na parte brasileira do rio, com capacidade de cerca de 6,4 mil megawatts, além de obras para formar uma hidrovia entre os rios Madeira e o Madre de Diós, na Bolívia. Segundo o ministro Celso Amorim o grupo de trabalho irá avaliar os impactos ambientais que a construção das hidrelétricas do Rio Madeira poderá trazer para Brasil e Bolívia. “Teremos uma reunião desse grupo até o dia 15 de janeiro, ou até antes. Nessa reunião faremos aos bolivianos uma apresentação detalhada sobre o projeto”, disse. Amorim também afirmou que o Brasil se comprometeu a passar todas as informações sobre a construção das hidrelétricas para o país vizinho.Para o chanceler boliviano, é fundamental o cuidado com o rio madeira e com o meio ambiente. “O grupo de trabalho irá fazer todos os estudos necessários porque não queremos atentar contra o meio ambiente nem prejudicar o rio”, afirmou. O complexo do Rio Madeira, formado pelas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, já tem o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O passo seguinte é a concessão de licença prévia pelo Ibama.