Plataforma da Petrobras que será utilizada no Golfo do México é adaptada para enfrentar furacões

12/12/2006 - 15h32

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A decisão da Petrobras de utilizar no Golfo do México atecnologia de exploração e produção de petróleo a partir de plataformasemi-submersível do tipo FPSO (armazena, estoca e processa petróleo a partir decasco de navio adaptado) objetiva minimizar os riscos de a produçãoser afetada pela ocorrência de furacões, comuns na região. Adaptada, a plataforma flutuante permite que em dois atrês dias sejam desconectados os dutos de produção da unidade deprocessamento diante da ameaça de chegada de um furacão. "Os naviosseriam então deslocados para áreas mais seguras e a produção seria retomada deza 15 dias após a passagem do furacão", explicou o presidente daPetrobras América, Renato Tadeu Bertani, em entrevista recente. Na ocasião, Bertani lembrou os estragos causados pela passagem do furacãoKatrina na região, em meados do ano passado, ainda sem reparos. “As perdas paraa economia norte-americana foram imensuráveis", disse. Segundo Bertani, o Katrina afetou 645 plataformas de produção e 90 sondas,levando à interrupção dos trabalhos e à conseqüente redução de 1,5milhão de barris/dia na extração de óleo e de até 8,7 milhões de metros cúbicosde gás natural.