Órgão regulador americano aprova uso de plataforma da Petrobras no Golfo do México

12/12/2006 - 15h22

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O órgão regulador do setor petrolífero dos Estados Unidos(Mineral Management Service) aprovou o Plano Conceitual da Petrobras para odesenvolvimento da produção de petróleo nos campos de Cascade e Chinook, naparte americana do Golfo do México. O plano prevê a utilização, pela primeiravez em águas profundas do Golfo, de uma plataforma de produção do tipo FPSO(unidade flutuante que produz, estoca e transfere petróleo).De acordo com a Petrobras, a aplicação de novas tecnologiasvai possibilitar o desenvolvimento mais acelerado dos campos em fases, cominício da produção previsto para 2009.O plano prevê, inicialmente, a instalação e operação de umaunidade produtora em profundidade de água de aproximadamente 2.500 metros. Naprimeira fase dois poços submarinos em Cascade e um em Chinook, cada um comaproximadamente 8.200 metros de profundidade, serão interligados. O escoamentoda produção de óleo e gás será a partir de um navio aliviador e depois se darátambém por gasoduto. A Petrobras admite, no entanto, a interligação de novospoços em função do comportamento dos reservatórios.A Petrobras é a operadora nos campos de Cascade e Chinookcom participações de 50% e 66,7%, respectivamente. A empresa Devon EnergyCorporation possui o restante da participação em Cascade e a empresa Totalpossui 33,33% de Chinook.O Plano Conceitual da Petrobras propôs a utilização de seisnovas tecnologias ainda não aplicadas no setor americano do Golfo do México,incluindo FPSO com turret desconectável, que permite a sua remoçãodurante a passagem de furacões e outras intempéries, transporte de óleo pornavio aliviador, bombas submersas, risers auto-sustentáveis, estacastorpedo e linhas de ancoragem de polyester.“Estudos mais detalhados de engenharia darão prosseguimentoao processo, incluindo a elaboração do Plano Operacional de Águas Profundas,que incluirá todo detalhamento técnico demonstrando que estas novas tecnologiasatenderão ou excederão as exigências atuais para operações no Golfo do México”,esclarece a Petrobras.As plataformas têm tecnologia desenvolvida pelo Centro dePesquisas da estatal, são adaptadas a partir de casco de navios e utilizadaspela Petrobras em águas brasileiras desde 1979. Atualmente estão em operação 15unidades e outras nove estão em construção.