Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois da aprovação da emenda constitucional que criou oFundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) na semanapassada, o desafio do Ministério da Educação é trabalhar pela reforma universitária.A afirmação foi dada hoje (12) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad,durante a divulgação dos números do Censo da Educação Superior 2005.Na avaliação do ministro, a demora na tramitação da reforma,enviada ao Congresso em junho deste ano, prejudica o financiamento do ensinosuperior público. “Somente com a sub-vinculação, poderemos aumentar o volume derecursos para as universidades públicas”, salientou o ministro. A proposta da reformauniversitária prevê que 75% do orçamento destinado à educação sejam aplicadosno ensino superior público por dez anos.Segundo Haddad, a definição de novos mecanismos de financiamento para o ensinosuperior público é importante para que o país consiga atingir a meta de 30% dejovens entre 18 e 24 anos no ensino superior, estabelecida para 2011 pelo PlanoNacional de Educação. Segundo o censo, o número estava em 10,9% em 2005."É óbvio que alimitação da expansão, sobretudo do setor privado, é limitada pela renda. Ondahá renda mais baixa dificilmente o aluno consegue pagar a mensalidade de umauniversidade particular", observou o ministro. "O governo recebeumuitas críticas quando decidiu retomar os investimentos nas universidadespúblicas, mas vejo que essa é a melhor saída para que o acesso à educaçãosuperior continue a melhorar".