Iolando Lourenço e Marcos Chagas
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A votação da Medida Provisória 316), que reajusta osbenefícios de aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimoem 5,01 %, está dividindo o PSDB e o PFL no Senado Federal. O PFL vai insistire reapresentar emenda propondo um reajuste de 16,67%, índice igual ao concedidoao salário mínimo. Já o PSDB apoiará aposição do governo e votará por umreajuste de 5,01%. A medida provisória é o primeiro item da ordem do Dia da sessãode amanhã (5).“O PFL vai votar o reajuste de 16,67 %. A decisão será novoto ou o presidente da República terá que vetar”, afirmou o líder do PFL, senadorAgripino Maia (RN). “Vou conversar com a minha bancada, mas não vou fazerdiscurso político com o reajuste dos aposentados e pensionistas. Vou votar noque é possível”, disse o líder do PSDB, senador Arthur Virgilio (AM), ao anunciarencaminhar a votação para o reajuste de 5,01% proposto pelo governo. “Resolvifazer oposição ao governo com fiscalização. Isso vai ser muito mais eficaz”,disse, acrescentando, “vou pegar os erros do presidente: tem inércia naadministração, corrupção para combater. Vou fazer muito mais buraco. Nãopreciso defender os 16,67 %”.A líder do PT, senadora Ideli Salvati (SC), criticou a posiçãodo PFL. “O PFL embarcou na disposição de fazer enfrentamento a qualquer preço.O melhor seria que pudesse ter comportamento sensato com o país”.Ideli disse ainda que “o fato do PSDB não colaborar com a táticado PFL de causar constrangimentos permanentes e ineficazes, nos dá melhorescondições de dialogar com parte da oposição para deixar o país andar”.