Janene deve ser julgado quarta-feira pela Câmara

04/12/2006 - 10h57

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara deverá julgar nesta quarta-feira (6) parecer do Conselho deÉtica que recomenda a cassação do mandato do deputado José Janene(PP-PR). Ele é o último parlamentar acusado de envolvimento no chamado"valerioduto" a ser julgado. Janene é acusado de ter recebido mais deR$ 4,1 milhões do empresário Marcos Valério, que  seriam repassados aparlamentares em troca de apoio ao governo.Em 2005, ascomissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e daCompra de Votos citaram 19 deputados como beneficiários de recursos doempresário Marcos Valério de Souza. Entre os citados, quatrorenunciaram ao mandato para fugir do processo de cassação: CarlosRodrigues (PL-RJ), José Borba (PMDB-PR), Paulo Rocha (PT-PA) e WaldemarCosta Neto (PL-SP). Três foram cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ),José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).Os outros 11 foramabsolvidos no plenário da Câmara: Vadão Gomes (PP-SP), João Paulo Cunha(PT-SP), João Magno (PT-MG), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA),Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Wanderval Santos(PL-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel(PL-GO).Está marcada para o mesmo dia (6), a eleição do nome donovo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). São candidatos:Ademir Camilo (PDT-MG), Aroldo Cedraz (PFL-BA), Luiz Antônio Fleury(PTB-SP), Gonzaga Mota (PSDB-CE), Osmar Serraglio (PMDB-PR) e PauloDelgado (PT-MG). O PSB registrou a candidatura do ex-deputado JoséAntônio Almeida (MA) e o PSC, do secretário-geral da Mesa Diretora, MozartVianna de Paiva.Para esta terça-feira (5), está prevista a votação emsegundo turno da Proposta de Emenda à Constituiçaõ que cria o Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dosProfissionais da Educação (Fundeb). O substitutivo da deputada IaraBernardi (PT-SP) ao texto foi aprovado em primeiro turno no dia 22 denovembro, por 346 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção.Se aprovada, a proposta será promulgada pelas mesas doSenado e da Câmara,e passará a integrar a Constituição Federal.