Bruno Bocchini*
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O investimento para geração de energia elétrica "não está andando no ritmo que nós gostaríamos”, admitiu hoje (4) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em conferência na sede da consultoria econômica Tendências. Para resolver o problema, o governo federal estuda a possibilidade de liberar a Eletrobrás, principal estatal do setor, de contribuir com o superávit primário.Atualmente, a Eletrobrás deixa de investir R$ 1,5 bilhão para destinar o dinheiro ao governo federal, para que pague juros da dívida pública. “Uma das coisas que está sendo pensada é a possibilidade de liberar esse esforço da Eletrobrás. Deixaria a Eletrobrás liberada, ou gradativamente liberada de fazer esses aportes e, ao mesmo tempo, faríamos mudanças institucionais que garantissem a possibilidade que ela usasse esses recursos como âncora para atrair investimentos”, disse.O ministro afirma que a iniciativa privada tem mais condições de fazer investimentos na área energética do que a estatal, mas considera que o sistema utilizado pela Petrobrás pode ser um bom exemplo a ser seguido.“A Petrobrás quando faz seus investimentos, entra com uma parte desses recursos, normalmente 20% ou 25%. E faz a alavancagem dos demais recursos em sociedade, normalmente sociedades de propósitos específicos, empresas criadas para desenvolver e gerir um determinado empreendimento. E nós achamos que a Eletrobrás também pode fazer isso”, afirmou.