Atender sistemas isolados é o principal desafio, afirma ministro de Minas e Energia

04/12/2006 - 19h58

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O principal desafio do planejamento energético brasileiro é atender aos sistemas isolados que ocupam mais de 40% do território nacional e respondem por apenas 3% do mercado de energia elétrica, avalia o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.Atualmente, o sistema hidrelétrico - que envolve projetos em operação, construção e análise - totaliza cerca de 270 mil megawatts, dos quais somente 28,2% são explorados, segundo o ministério. A  maior parte desse potencial, com menos de 10% explorado, está na Amazônia. "Região em que teremos imenso desafio para viabilizar esses empreendimentos, do ponto-de-vista de custo. Mas, principalmente, desafio de natureza ambiental”, ponderou o ministro.O Brasil é o 10º país na relação dos maiores operadores de energia elétrica do mundo, destacando-se pela participação crescente das fontes de energias renováveis. Enquanto no resto do mundo 86% da matriz energética é oriunda de fontes não renováveis, no Brasil, essa proporção é de 55% de fontes não renováveis e 45% de fontes renováveis.De acordo com Rondeau, isso se explica pelo fato de o Brasil ter uma matriz elétrica com presença "expressiva" da hidroeletricidade e uso de biocombustíveis, em especial o programa de etanol.A capacidade instalada atinge 96.504 megawatts. O ministro informou que, considerando a capacidade disponível para o mercado brasileiro, incluindo as interligações com a Venezuela e o Paraguai, esse número sobe para 104 mil, para atender às necessidades de 58,3 milhões de consumidores.