Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Mais de 100 jovens ligados aos movimentos sociais do Rio Grande do Sul prestaram solidariedade à Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca. Hoje (9), eles pretendiam entregar um documento no consulado do México “exigindo o fim da repressão policial”, mas o país está sem representação diplomática na capital gaúcha. Segundo Eduardo Bolling, um dos representantes do Levante Popular da Juventude – que organizou o protesto –, os manifestantes fizeram um ato de solidariedade na Feira do Livro, no Centro da cidade, onde transformaram o documento em uma Carta Aberta à população. Ele explicou que os mexicanos de Oaxaca “vêm sofrendo com a repressão oficial do governo, por conta das mobilizações populares que já duram cinco meses”. E lembrou que a articulação dos jovens e das lideranças de movimentos sociais gaúchos, estudantes universitários e integrantes das comunidades da periferia da capital, entre outros, mobilizou dezenas de pessoas que visitavam a feira. "Em todo o mundo estão ocorrendo manifestações de apoio ao povo de Oaxaca", explicou. A Carta Aberta informa que as mobilizações no estado de Oaxaca, nosul do México, começaram quando o governo local reprimiu violentamenteuma manifestação de professores por melhores salários. Em seguida,trabalhadores de outras categorias, estudantes, indígenas e ativistasse organizaram na Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca,intensificaram as mobilizações e controlaram a capital do Estado. A exigência da Assembléia é que o governo atenda às reivindicações dos trabalhadores e cesse a repressão. A população também pede que o governador de Oaxaca, Ulises Ruiz, renuncie ao cargo.