Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia no Amazonas (Crea-AM),Afonso Luiz Costa Lins, demonstrou preocupação com a decisão tomadahoje (27) pela Justiça Federal no estado, de invalidar a licença ambiental para as obras do gasoduto Urucu-Manaus, concedida peloInstituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Para a Justiça, a competência desselicenciamento é do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cuja superintendência regional foi multada. A medida também determinou multa diária de R$ 2 milhões para a GasPetro, subsidiária da Petrobras, caso não suspenda imediatamente as obras."A decisão da Justiça é preocupante, porque há oito anos a sociedade e o governo amazonense esperam por essa obra, játendo sido superadas muitas polêmica sobre a forma ideal de seaproveitar o gás natural existente em Urucu”, disse Lins. Ele lembrou que as indústrias do estado consomem óleo e a mudança na matriz energética beneficiaria "de forma substantiva a Zona Franca de Manaus". Na opinião do presidente do Crea-AM, a determinação judicial "vai retardar muito a liberação da obra, poishaverá muita burocracia e interação do órgão federal com o órgãoestadual”. Lins avaliou como "mínimos os impactos ambientais nessa obra, que desde junho está sendo feita pelo Exército – que é quem tem condições de fazer esse tipo de trabalho na Amazônia".