Ministro da Defesa diz que congestionamento em aeroportos foi causado por frente fria

27/10/2006 - 20h04

Thiago Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa, Waldir Pires, rejeitou hoje (27) ascríticas de que os aeroportos brasileiros, em especial o de Brasília, nãoestariam suportando a demanda de pousos e decolagens, o que estariacausando atrasos nos vôos. “Não há nada de anormal. Como frentes frias seprecipitaram no Rio de Janeiro e em São Paulo ao mesmo tempo, ocorreu umadificuldade transitória. Não se pode determinar um levantamento de vôo partindode São Paulo ou do Rio para descer em Brasília quando não se sabe qual vai sera superpopulação de aviões”, argumentou. Segundo o ministro, o que existe agora é uma política deexpansão, “por antecipação”, do número de controladores de vôo. “O Brasil temhoje uma aviação civil que está crescendo muito e uma aviação privada, deaviões particulares, que cresceu muito também, de modo que devemos nosantecipar. Um controlador bem preparado deve ter entre cinco e seis meses decapacitação, de treinamento”.O ministro reconhece, no entanto, que é preciso “estabelecerum plano de expansão permanente (do número de controladores de vôo em operaçãono país), segundo o crescimento do mercado”.Waldir Pires também disse que é necessário expandir o númerode pistas de pouso e decolagem nos aeroportos brasileiros. “Ainda não temosmuitos aeroportos com três, quatro, cinco pistas, como você tem em outrospaíses do mundo. Brasília agora tem duas”.As declarações do ministro foram dadas na saída do eventoque comemorou o aniversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácioda Alvorada.