Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O Gasoduto Urucu-Manaus deve transportar inicialmente, segundo seu projeto, 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, da província petrolífera de Urucu até a capital do estado. Essa quantidade é suficiente para gerar energia elétrica paraa 1,5 milhão de pessoas. Decisão da Justiça Federal divulgada hoje (27) considera inválido o licenciamento ambiental do gasoduto e determina a suspensão imediata de sua construção. Fruto de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, a decisão estabelece que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve assumir a competência pelo licenciamento ambiental do empreendimento, que estava a cargo do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), órgão do governo estadual.Com 671 quilômetros, o gasoduto vai atravessar oito municípios do Amazonas: Coari (município onde fica a província petrolífera), Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba e Manaus. As obras foram distribuídas em três trechos, designados por letras: A, que vai da província petrolífera à sede de Coari (285 quilômetros); B1, que vai da sede do Coari à sede de Anamã (196 quilômetros); e B2, que vai de Anamã a Manaus (190 quilômetros). Os trechos A e B2 foram orçados em R$ 770,6 milhões e serão executados pelo consórcio OAS e Etesco e pelo consórcio Camargo Correa e Skanska, respectivamente. O trecho central, B1, orçado em R$ 667 milhões, ficou a cargo das construtoras Andrade-Gutierrez e Carioca.Os dois candidatos à Presidência da República – Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PRB/PCdoB) e Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) – estiveram em Manaus durante o segundo turno da campanha e prometeram concluir a obra. A conclusão está prevista para março de 2008.