Gabriella Noronha
Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 2 mil trabalhadores de propriedades rurais e de frigoríficos no Centro-Oeste vão receber treinamento do Ministério do Trabalho e Emprego para prevenir doenças fitossanitárias, como a febre aftosa, por meio da tecnologia de sensoriamento remoto. “A implantação do sensoriamento remoto não só aumentará o controle e a prevenção de doenças nos animais como contribuirá para elevar a qualidade da carne, abrindo grandes mercados de exportação para o Brasil”, afrimou o secretário Nacional de Políticas Públicas de Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Remígio Todeschini. Durante audiência pública do Plano Setorial de Qualificação (Planseq) Pecuária em Campo Grande (MS), Todeschini informou hoje (23) que nesse programa o investimento inicial será de R$ 1 milhão, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para aplicar a tecnologia de sensoriamento remoto, os trabalhadores vão aprender a instalar no animal um chip eletrônico, que permite o armazenamento de informações e o melhor controle sanitário. O dispositivo eletrônico foi desenvolvido a partir de especificações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cada chip possui um número – a identidade do animal – e o sinal é captado por sensores instalados em locais por onde passa o gado. As informações são armazenadas em um programa de computador, e nele é registrado o histórico de vida do animal, incluindo o manejo alimentar, reprodutivo e sanitário.Os Planos Setoriais de Qualificação foram instituídos em novembro de 2004 com o objetivo de formar mão-de-obra local. Já foram instalados planos nas áreas de metalurgia, aeronáutica, turismo, agricultura familiar, petróleo e gás natural, naval, máquinas agrícolas e software.