Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O candidato à Presidência daRepública Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) criticou hoje (23) a divisão do país entrericos e pobres, do ponto de vista do governo. Segundo ele, esse vem sendo o ponto de vista defendido por seuadversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PRB/PCdoB). Lula, em seus discursosde campanha, tem afirmado que, se reeleito, continuará a priorizar os pobrescom as ações públicas, porque os ricos têm menos necessidade de ações doEstado.Para Alckmin, dividir o Brasil apartir do ponto de vista regional é um grande erro, assim como do ponto devista de renda das pessoas. "É um grande erro dividir o Brasil sobre o ponto de vista regional, émuito ruim. O que eu quero fazer é unir o Brasil, que precisa crescer,pois está andando de lado, perdendo oportunidade", disse. Se a divisão do país fosse real, segundo Alckmin, ele e Lula estariam de lados opostos, uma vez que.o patrimônio dele, Alckmin, é menor do que o dopresidente. “Do ponto de vista da renda, eu sou pobre, e o Lula é rico”. “OBrasil precisa estar unido para crescer.”Alckmin participou de um ato emfavor de sua eleição no Esporte Clube Pinheiros, clube paulistano de classemédia, com a presença de cerca de mil pessoas, entre líderes do PSDB e PFL,empresários, artistas e esportistas. Em seguida, concedeu entrevista coletiva à imprensa.Os jornalistas perguntaram ao tucano se seria possível "unir" o país, como ele diz pretender, após uma campanha "disputada" como a atual. "Claro que nós vamos unir o país. A campanha ésempre disputada. Isso é positivo. Agora, o que não pode é fazer campanha sobre mentiras", disse. Nas últimas semanas, Alckmin tem afirmado que seus adversários mentem ao dizer que ele poderia privatizar empresas e eliminar programas sociais, caso fosse eleito.O tucano afirmou também que o combate àcorrupção é dever de toda a sociedade, e que ninguém deve permitir a corrupção eachar que ela é normal. “O que leva à corrupção e ao crime de colarinho brancoé a impunidade. Saber que não vai dar em nada, isso não pode acontecer.” Alckmin voltou acobrar esclarecimentos para o dinheiro que seriausado para a compra de um dossiê contra políticos do PSDB. Ele disse, ainda, que o paísestá "andando de lado" e perdendo oportunidades, piorando os serviços públicos ea questão ética. “Você não constrói uma nação se não estabelece princípios,valores. Política não é isso que estamos assistindo no Brasil.”