TSE decide investigar depois da eleição denúncia de caixa 2 contra Alckmin

20/10/2006 - 20h03

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro César Asfor Rocha, mandou arquivar a ação proposta pela coligação A Força do Povo (PT/PRB/PCdoB), que pedia a cassação do registro de candidato de Geraldo Alckmin, da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL). A coligação encabeçada pelo PT acusava Alckmin de financiamento ilegal de campanha, o chamado caixa 2.Na decisão, o ministro Cesar Asfor Rocha considerou que  a matéria só pode ser apreciada judicialmente depois que for concluída a eleição presidencial. De acordo com o ministro, esses artigos fazem parte do capítulo da arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais. Rejeitadas as contas, caberá ao Ministério Público Eleitoral a investigação judicial, visando à apuração do abuso de poder econômico.A ação também foi movida contra o comitê financeiro da coligação Por um Brasil Decente, a entidade Nova Política – Frente Nacional da Sociedade Civil, a Juventude Latino-Americana pela Democracia (Julad-Brasil), sediada no Senado, e Silvério Baeta Zebral Filho, representante das duas entidades, que segundo a ação, serviriam à coligação PSDB/PFL para a formação de caixa dois.Na ação, a coligação de Lula afirma que a Nova Política faria “explícita e irregular” propaganda para Geraldo Alckmin em sua página na internet e que teria sido criada para dar sustentação à candidatura dele, emprestando-lhe suporte logístico e financeiro.A coligação de Lula reclamou que no site da Nova Política haveria um link para o cadastro de doações de campanha que levaria a um número de conta bancária que pertenceria à entidade Julad-Brasil. Na ação, a coligação A Força do Povo afirma que o fato “faz presumir” que se trata de uma instituição internacional que se prestaria para a arrecadação paralela de recursos, o chamado caixa dois.