Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A indústria de máquinas nacional vendeu menos 2,3% atéagosto em comparação ao mesmo período do ano passado. Até o final do ano, essaredução deverá chegar a chegar a 5%, segundo o presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello. Ele apresentou hoje (19) ao ministro do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, na reunião do Fórum deBens de Capital, as propostas do setor para melhorar as vendas e auxiliar nodesenvolvimento do setor produtivo. A indústria de máquinas nacional, segundoMello teve crescimento contínuo de 1999 até 2005.O secretário de Desenvolvimento da Produção do ministério,Antônio Sérgio Martins, informou que ficou acertada a formação de um grupo detrabalho que dentro de 30 dias vai formalizar ao governo suas propostas. Newton de Mello disse que “ninguém vai se interessar emadquirir um equipamento se não tiver a expectativa de que isso vai lhedar lucro”, por isso, disse que o setor "pretende fazer propostasdesenvolvimentistas" através do grupo de trabalho.Os empresários reclamaram ao ministro "dos prejuízosexperimentados com a desvalorização do dólar". Furlan relatou adificuldade em relação à questão, segundo Mello, epediu "sugestões que possam render resultados a médioprazo". Os empresários pediram incentivos fiscais mais amplosna aquisição de equipamentos. A reivindicação, segundo Mello, será submetidapelo grupo de trabalho ao Conselho Nacional de Política Fazendária doMinistério da Fazenda (Confaz).O empresário defendeu o uso de combustíveis renováveis, comoo biodiesel, "não só para reduzir os custos do consumo de energia, mastambém para fazer a própria geração de energia elétrica para o sistemanacional, através de turbinas movimentadas por vapor de caldeiras. A indústria nacional de máquinas está preparada para esse desafio, que tornariamais barata a geração de energia elétrica do que fazê-la com os autos custos deinstalação de uma hidrelétrica".Os empresários vão sugerir formalmente ao governo aisenção fiscal para inovações tecnológicas para as pequenas empresas quetrabalhem com lucro presumido, para que possam investir em tecnologias novas,adiantou Mello.