Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Justiça,Márcio Thomaz Bastos, considera que as investigaçõesda Polícia Federal sobre a origem do dinheiro que seria usadopara a compra de um dossiê contra políticos tucanosseguem em “ritmo acelerado”. Ao participar de um evento no Rio deJaneiro, o ministro confirmou que há várias linhas deinvestigações sobre o caso. Uma delas de que o jogo dobicho pode ser a origem de parte do dinheiro.“Como ninguémconfessou, temos que ir pela prova técnica e estamos chagandoperto disso. Agora tem um tempo para a investigaçãoséria e um tempo eleitoral. A apuração estásendo feita rapidamente, isso aconteceu há 30 dias e jáse descobriu toda a cadeia causal”, disse o ministro MárcioThomaz Bastos. A investigação, segundo ele, estásendo feita sob a fiscalização do MinistérioPúblico.Perguntado pelos jornalistas se parte do dinheiroapreendido seria do jogo do bicho, Bastos negou que isso sejapossível afirmar. “Por enquanto, nós temos linhas deinvestigação, eu não sei em detalhes, mas sãolinhas sérias e são muitas pistas que estãosendo seguidas. Aquelas que se mostram falsas são abandonadase aquelas que se mostram verdadeiras são seguidas e levadasaté o fim”, disse.Presente no mesmo evento, odiretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, tambémafirmou que as investigações estão perto dedescobrir a origem do dinheiro. Contudo, segundo ele, ainda nãoexistem condições de dar certezas. Indagado pelos jornalistas de uma partedo dinheiro seria proveniente do jogo do bicho, Lacerda disse que “háindícios de que uma pequena parte pelo menos, sim”. Issocorresponderia, segundo ele, a R$ 5 mil dos cerca de R$ 1,7 milhãoapreendidos com os petistas.Lacerda acredita que a origem departe do dinheiro será divulgada antes do segundo turno daseleições. "Se pudermos sairia logo, logo, logo.Estamos nesse objetivo e acredito que vamos conseguir antes disso",afirmou.