Debate e comícios marcam últimos dias de campanha dos candidatos a presidente

28/09/2006 - 11h28

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na reta final de campanha, os candidatos a presidente participam de debates e comícios nos principais redutos eleitorais para um último contato com o eleitor. Hoje (28), Cristovam Buarque (PDT), Heloísa Helena (P-SOL/PSTU/PCB) e Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) passam o dia no Rio de Janeiro preparando-se para o debate da TV Globo, às 22h. O presidente Lula, candidato à reeleição pela coligação A Força do Povo (PT/PRB/PCdoB), ainda não decidiu se participa do debate. Na página oficial de campanha na internet, o único compromisso de Lula como candidato é o comício em São Bernardo do Campo, às 19h30. José Maria Eymael (PSDC) passará o dia no Rio de Janeiro. Ele fará caminhadas em cidades vizinhas à capital do estado, Belford Roxo, Nilópolis e Nova Iguaçu. À noite, ele participa de coquetel em Niterói e não participa do debate na TV. De acordo com sua coordenadora de campanha, Marizete Akao, Eymael foi a Fortaleza na terça e, na quarta-feira, esteve em Natal. “Temos sentido a mudança no eleitorado nestes últimos dias. Acreditamos numa votação maior do que a que aparece nas pesquisas”, afirma a coordenadora. Já a assessoria de Luciano Bivar (PSL) informou que ele preferiu passar a semana em São Paulo, onde praticamente centrou sua atuação durante toda a campanha eleitoral. Bivar também não participará do debate na TV Globo.Amanhã (29), o candidato do PSL parte para Recife. Ele vota no domingo em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana da capital pernambucana.Apesar de não ter sido convidado para o debate e contar com um índice percentual menor que 1 nas pesquisas, Bivar, segundo sua assessoria, acredita que ainda há margem para aumentar sua base de votos.Para o candidato a vice-presidente da Frente de Esquerda (P-SOL/PSTU/PCB), César Benjamim, a avaliação que se faz às vésperas das eleições, é que foi uma campanha vitoriosa, ainda que esse resultado possa não se expressar nas urnas. “Um partido que é novo, que nunca disputou um cargo nacional antes, e que disputa com coligações poderosas, e ainda consegue expressiva intenção de voto nas pesquisas, isso é resultado de uma campanha política vitoriosa”, diz Benjamin. O coordenador de campanha do candidato Cristovam Buarque, Rubem Fonseca, acredita que as eleições deste ano foram atípicas por conta da "revolta" do eleitorado com a classe política. "Como Cristovam fez uma campanha voltada para o poder transformador da educação, essa será a tônica de sua participação no debate. Ele quer discutir um projeto para o país”, afirma Fonseca.