Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugasmarcou sessão para o dia 4 de outubro, logo após as eleições, paravotar mais de 100 requerimentos, entre eles, estão os que pedem aconvocação de ex-ministros da Saúde. Além dos apresentadosanteriormente, os integrantes da CPI vão votar também os requerimentosde convocação para depor das pessoas envolvidas com a elaboração enegociação do dossiê envolvendo políticos do PSDB.Ovice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE),apresentou requerimentos de convocação do petista Valdebran Padilha daSilva, do advogado e ex-agente da PF Gedimar Passos, presos pelaPolícia Federal, e acusados de envolvimento com a tentativa de comprado dossiê em São Paulo.Jugmann também apresentou requerimentospara convocar as outras pessoas com nomes citados pelas investigações:Paulo Roberto Trevisan, tio do empresário Luiz Antonio Vedoin, daPlanam, o ex-assessor especial da Secretaria Particular da presidênciada República Freud Godoy; o dirigente do PT de Santa Catarina, JorgeLorenzetti, e próprio Vedoin, e também de Abel Pereira, acusado de seroperador financeiro do ex-ministro José Serra.Outrorequerimento apresentado por Jungmann é o que pede a convocação deOswaldo Bargas, ex-assessor do então ministro do Trabalho RicardoBerzoini, que teria negociar com a revista Época a divulgação domaterial sobre o dossiê. Jungmann informou também que se o presidentedo PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), não conseguir explicar todas asdenúncias sobre o caso do dossiê ele poderá apresentar requerimentopropondo sua convocação para prestar esclarecimento à CPI.Parao sub-relator, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), a tendência após aseleições é aprovar os requerimentos de convocação dos ex-ministros dasaúde. Segundo ele, antes das eleições não houve acordo da comissãopara a aprovação dessas convocações, já que quase todos são candidatos."Acredito que muito possivelmente o processo de compra superfaturada deambulâncias tinha sua existência em 2001, quando houve decisão de fazeremenda de bancada toda voltada para a compra de ambulãncias."