Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O Ministério doDesenvolvimento Agrário vai dobrar a oferta de crédito do Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em Pernambuco, que atualmenteé de R$ 175 milhões. O anúncio foi feito, hoje (18), na capital pernambucana, peloministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.Em reunião com prefeitos,vice-prefeitos e secretários municipais de Agricultura, na sede da AssociaçãoMunicipalista de Pernambuco, Cassel disse que a idéia é atingir um volume decrédito de R$ 350 milhões, com a assinatura de 200 mil novos contratos.Segundo o ministro, dos R$10 bilhões que o governo federal vai disponibilizar para o Pronaf na próximasafra agrícola, R$ 2 bilhões serão para o Nordeste. Ele disse que o programa éfundamental para o desenvolvimento da agricultura familiar, que produz 70% dosalimentos consumidos pelos brasileiros e emprega 80% de mão de obra nocampo.Cassel destacou que, há dezanos, quando o Pronaf foi lançado, concentrava 85% dos recursos na região Sul esomente, nos últimos três anos vem ampliando a atuação no Nordeste, com ainclusão de agricultores familiares e assentados de reforma agrária.Para o ministro, o desafio éaumentar a rede nacional de assistência técnica, por meio de convênios comgovernos estaduais, prefeituras, organizações não governamentais, empresas deassistência técnica estaduais e universidades. Com isso, os agricultores, alémde ter facilidade de crédito podem ser acompanhados no processo de plantio,colheita e comercialização das safras."Queremos que aassistência técnica seja permanente durante todo o processo produtivo para queo crédito ofertado pelo governo federal, aos agricultores familiares, não sejadesperdiçado  no tempo por uma má aplicação dos recursos, enfatizou.Cassel disse ainda que o Pronaf pode servir de porta desaída para o Programa Bolsa Família. "O governo federal não pode ficarindefinidamente oferecendo Bolsa Família sem dar condições às pessoas deauto-sustentação. O Pronaf é uma linha de crédito subsidiado, com jurosatrativos, que variam de 1%  a 3% ao ano e tem prazo de até dez anos parapagar, que permite ao agricultor permanecer na sua terra com condições deproduzir e ter uma vida próspera".