Projeto de inclusão social leva balé às barcas de Niterói

18/08/2006 - 15h03

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em um palco montado junto à estação das barcas, moradores de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, terão hoje (18), a partir das 18 horas, uma oportunidade de assistir de graça a um espetáculo de balé clássico e contemporâneo. É mais uma apresentação da companhia Dançando para Não Dançar, formada por alunos de um projeto socioeducativo que há 10 anos atua nas favelas do Rio, ensinando o balé para cerca de 450 crianças e adolescentes de 11 comunidades. O projeto, que tem patrocínio da Petrobras e apoio do Ministério da Cultura e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem como objetivo a inclusão social, proporcionando a jovens carentes acesso a uma profissão na qual dificilmente ingressariam. De acordo com a idealizadora e diretora da companhia, Thereza Aguilar, o resultado desse trabalho se estende também às famílias dos jovens. “Nós já temos mães na faculdade, 40 mães fazendo o 1º e o 2º grau, se alfabetizando. Isso é inclusão social, não é só o trabalho com a criança, mas também com a família da criança”, afirmou.Seis dos alunos do Dançando para Não Dançar fazem atualmente especialização em companhias e escolas de dança do exterior e outros quatro estão em companhias nacionais de prestígio, como a da coreógrafa Deborah Colker. O projeto oferece ainda às crianças aulas de línguas estrangeiras, de informática e reforço escolar e assistência médica e odontológica.