Planos médicos registram maior taxa de inflação em São Paulo

18/08/2006 - 18h19

Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - O reajuste do valor dos contratos de planos particulares deassistência médica fez com que o segmento de saúde registrasse a maior taxa deinflação para o consumidor paulistano na segunda semana de agosto, com 0,63% deelevação, entre sete setores pesquisados, de acordo com pesquisa divulgada hoje(18) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Índice de Preços ao Consumidor da Fipe ficou em 0,18%. “Osaumentos dos contratos não são feitos de forma homogênea, ou seja, caem emdiferentes meses do ano conforme o contrato do usuário”, explicou PauloPicchetti, coordenador da pesquisa, ao comentar a variação nos valores dosplanos de saúde.O grupo Saúde registra índices positivos de inflação em todas as semanaspesquisadas, desde janeiro de 2004. O grupo de produtos que mais contribuiupara inflação foi o de alimentos, com aumento de 0,42%, contribuindo em 0,096%,mais da metade da inflação total do período. O grupo de vestuário apresentoumaior deflação da segunda semana de agosto, -1,21%, comprovando queda gradativapela quinta semana consecutiva, devido às liquidações da época de inverno.Os demais índices de variações de preços, por segmento, foram Habitação(0,01%), Transportes (0,43%), Despesas Pessoais (0,21%) e Educação (0,07%). O índice médio de inflação acumulado de janeiro e julhodeste ano, segundo a Fipe, é de apenas 0,31%, em razão de sucessivas semanas dedeflação de preços registradas no primeiro semestre. Nos primeiros sete meses do ano, as maiores altas acumuladasforam em Educação (5,07%) e em Saúde (4,52%). Segundo Picchetti, a projeção total da inflação para esteano na cidade de São Paulo é de 2,5%.