Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o da estatal venezuelana do petróleo (PDVSA), Rafael Ramírez, que também é ministro de Energia e Petróleo do país, decidiram em reunião ontem (17), em Caracas, que será aberto um escritório conjunto no Rio de Janeiro para que técnicos das duas empresas acompanhem os estudos de engenharia necessários à implementação da Refinaria Abreu Lima. A unidade será instalada em parceria pelas duas empresas no Porto de Suape, em Pernambuco, ao custo de US$ 2,5 bilhões. A previsão é de que comece a operar em 2011, com capacidade para processar cerca de 200 mil barris de petróleo pesado por dia. Além de avaliar os avanços dos acordos definidos em 2005 pelos governos dos dois países, Gabrielli e Ramírez também acertaram trabalho conjunto das estatais para quantificar as reservas do campo de Carabobo I e do início da certificação das reservas da faixa de petróleo pesado do Rio Orenoco. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Petrobras, ficou acertado no encontro em Caracas que nos próximos dois meses serão revisadas todas as variáveis econômicas, técnicas e comerciais para definir a participação da Petrobras no projeto do campo de Mariscal Sucre. A Petrobras e a PDVSA ainda vão elaborar um contrato de longo prazo de fornecimento de etanol brasileiro, enquanto se desenvolve o projeto de produção própria da Venezuela.No dia 16 de setembro, durante a Rio Oil & Gás 2006, executivos das duas empresas farão nova reunião para avaliar os avanços das ações definidas ontem.