Governos federal e de São Paulo iniciam grupo de trabalho conjunto de segurança

18/08/2006 - 17h23

Bruno Bocchini e Paulo Montoia
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - O Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Segurança Pública do Estado de São Paulo realizou hoje (18) sua primeira reunião, com a participação de autoridades do governo federal, das Forças Armadas e do governo paulista. O estado de São Paulo é o último do país a iniciar seu gabinete, que começou a funcionar nos diferentes estados a partir de 2003.Vinte e cinco pessoas participaram da primeira reunião do GGI, realizada na sede do Comando Regional do Exército, no bairro Paraíso, na capital, entre as quais o governador do estado, Cláudio Lembo (PFL) e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O gabinete reunido hoje somou seis representantes do Ministério da Justiça, seis da Defesa, três do Comando do Exército nacional, dez do Comando Militar Sudeste do Exército, dois do distrito local da Marinha e dois do Comando local da Aeronáutica. Os representantes de São Paulo foram sete, entre as quais os secretários da Segurança Pública, Saulo de Abreu, e da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, o comandante da Polícia Militar, coronel Eliseu Eclair Teixeira Borges, e o chefe da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo.“Ele (o GGI) vinha funcionando de maneira informal e agora passará a funcionar de maneira institucionalizada”, afirmou o ministro Márcio Thomaz Bastos, em entrevista à imprensa. Sobre a transferência de presos do sistema penitenciário paulista para o primeiro presídio federal do país, em Catanduvas (PR), Bastos informou que hoje estavam sendo transferidos  detentos do estado do Pará. Segundo ele, a oferta do governo federal para São Paulo neste sentido continua válida. “Eu tenho dito, repetidas vezes: (esta) é uma situação em que a transferência de presos será decidida quanto à  sua oportunidade, quanto à sua conveniência e a sua maneira de fazer, pelas forças de segurança do estado. Nós não interferimos”.O governador Cláudio Lembo disse que o estado não solicitará transferência, por enquanto. “Nós temos o problema: vale a pena retirá-los de São Paulo e perder a fonte de informações imediata, o deslocamento deles para interrogatório? Não existe nenhum preconceito contra Catanduvas da nossa parte; ao contrário, sabemos que ele é importante para todos os estados federados e para nós também. No momento oportuno, se necessário, o ministro Márcio nos abriu vagas. Acho que eles estão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), nós os temos à mão para qualquer interrogatório imediato e só por isso, neste momento, não se transfere. Não há necessidade e não há dificuldade técnica. Se for necessário, faremos”, afirmou.