Juliane Sacerdote
Da Agência Brasil
Brasília - Representantes de instituições públicas e privadas responsáveis pelos 74 projetos aprovados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) recebem até sábado (12) capacitação para administrar os recursos liberados. Os projetos envolvem da recuperação de nascentes ao manejo da fauna ameaçada. Segundo o diretor do Fundo, Elias Araújo, "a expectativa é de que o encontro sirva de exemplo para aqueles que pretendem participar de iniciativas de preservação do meio ambiente. Pretendemos mostrar que é possível executar esses projetos de forma transparente e participativa”.Dados apresentados pela gerência de Projetos do FNMA apontam que o total de investimentos nos convênios assinados chega a R$ 20 milhões. Os projetos vêm de todo país, mas a maioria vem de instituições da região Norte (32%), para dar seguimento a temas específicos como os da Agenda 21 e o planejamento territorial na área de influência da BR-163. Os recursos foram repassados no inicio deste ano, mas “é fundamental que as pessoas sejam treinadas para a administração desse dinheiro, e fiscalizem todas as ações”, afirma Cinara Del Arco Sanches, coordenadora geral da ONG Instituto de Permacultura da Bahia. O projeto aprovado prevê trabalho para melhorar a qualidade de vida de mais de 600 famílias, "sem que o sertanejo precise sair da sua terra-natal”. Além das organizações não-governamentais, estão entre as instituições beneficiadas associações, universidades, órgãos públicos, cooperativas e prefeituras, cuja participação cresceu devido ao fortalecimento do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente). “Hoje os editais lançados são direcionados às prefeituras. Queremos que estados, União e municípios trabalhem juntos”, aponta a gerente de Projetos Ana Beatriz.Ela acrescenta que um grupo ou associação de moradores também pode concretizar suas idéias: basta ter uma função na área ambiental prevista em seu estatuto e constar do Cadastro Nacional de Entidades Ambientais. O projeto deve obedecer ao edital e será avaliado pelas condições técnicas de realização. Segundo o diretor do Fundo, após 17 anos de funcionamento, em apenas 3% dos projetos liberados foram registradas sanções do Estado, por gastos de forma insatisfatória.