Após nova onda de ataques, secretário e governador de São Paulo criticam governo federal

07/08/2006 - 20h31

Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ogovernador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e osecretário de Segurança Pública, Saulo de CastroAbreu, criticaram o governo federal ao comentar a terceira onda deataques na capital paulista. Desde a madrugada, agênciasbancárias, ônibus, postos de gasolina e até asede do Ministério Público estadual sofreram ataquescom bombas, granadas ou incêndios. Ao ser indagadosobre a oferta de ajuda do Exército e da Força Nacional de Segurança na crise de segurançapública, Lembo disse que o governo federal deveria colocartropas nas fronteiras, de onde partiriam ilegalmente os arsenais queabastecem o crime organizado. “O governo federaldeveria ocupar-se muito das fronteiras do Brasil. Eu gostaria muitode ver o Exército e também a Força de SegurançaNacional nas fronteiras brasileiras", disse em entrevista pela manhã na capital paulista. JáSaulo de Castro Abreu afirmou que os R$ 100 milhões,prometidos pelo governo federal e autorizados por medida provisóriaem julho ainda não chegaram ao estado. Os recursos foramanunciados para investimento em inteligência e em presídios. “O ministro da Justiçafaltou com a verdade quando disse que os R$ 100 milhões, e osR$ 50 milhões para reformar presídios, viriam já”,criticou.OMinistério da Justiça, por meio de sua assessoria,respondeu que os recursos estão autorizados, contudo, segundoa legislação, os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) só podem ser liberados com aapresentação de projetos com especificaçõesde seus gastos. Segundo a assessoria, os recursos de destinam àconstrução de novos presídios e compra deequipamentos de inteligência, como equipamentos de raio-x edetectores de metais.