Cássia Relva
Da Agência Brasil
Brasília - O Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos se reuniu esta semana em Brasília para a última revisão do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, uma das recomendações da ONU. Após a reformulação, o objetivo é incorporá-lo nos projetos estaduais de educação. Segundo a coordenadora da área de educação de Direitos Humanos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria Nazaré Tavares, o plano vai ajudar a criar uma nova mentalidade que valoriza o respeito à igualdade e à diversidade a partir de modificações no processo de educação.“Ele tem cinco grandes áreas e todas com ações possíveis de serem articuladas, esse plano vai desde a educação básica até o ensino superior, trabalha com educação vinculada aos movimentos sociais, aborda a área de segurança e justiça e focaliza também a mídia”, disse a coordenadora em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional AM.A versão final do plano será apresentada noCongresso Interamericano de Educação em Direitos Humanos, que aconteceem Brasília no período de 30 de agosto a 2 de setembro. Na ocasião,estarão reunidos na cidade especialistas nacionais e internacionais einteressados na implementação de uma política de educação em direitoshumanos no Brasil.A implementação do Plano Nacional quer envolver vários ministérios que serão responsáveis por projetos que tenham os direitos humanos como base de suas ações. O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos é uma das recomendações da Organização das Nações Unidas para os países. Em 2003, o governo brasileiro formou um Comitê para formular a primeira versão do plano. No ano passado, uma consulta foi realizada em todos os estados. No Brasil, a discussão do tema começou na década de 1980. Em 1993, vários países firmaram um compromisso de implementar políticas nacionais de educação em direitos humanos durante a realização da Conferência de Viena.