Renato Brandão e Paulo Montoia
Da Agência Brasil
São Paulo - Uma alta de apenas 1,6% no preço do conjunto de alimentos da cesta básica em julho alçou Porto Alegre à liderança de custo mais elevado do país entre as 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital gaúcha ocupa habitualmente a vice-liderança nacional, mas a pesquisa divulgada esta semana registrou também uma queda de preço de 1,05% na cesta historicamente mais cara do país, a de São Paulo.A cesta básica para o porto-alegrense teve custo médio em julho de R$ 171,02, apenas R$ 0,52 mais cara que a de São Paulo. Aracaju (R$ 134, 03), João Pessoa (R$ 134,14) e Fortaleza (R$ 134,83) registraram os menores valores.Em São Paulo o preço da cesta básica recuou 7,05% de janeiro a julho e 4,33% nos últimos doze meses corridos. As maiores retrações nos primeiros sete meses do ano ocorreram em Belo Horizonte (11,38%), Curitiba (10,77%), Porto Alegre (10,60%) e Rio de Janeiro (10,34%). De agosto de 2005 à julho de 2006, as maiores quedas foram em João Pessoa (6,79%) e Goiânia (6,06%). Fortaleza (1,35%) e Natal (0,97%) são as únicas capitais a acumularem uma variação positiva este ano e Belém (2,13%) e Salvador (0,63%) nos últimos 12 meses.Das 16 capitais pesquisadas, houve queda de preços em 14 e, segundo o Dieese, a maiores contribuições para essa queda foram do feijão e do tomate, que tiveram boa safra nos últimos meses. Em São Paulo, as reduções foram de 5,48% e 10,18%, respectivamente. As reduções mais significativas do feijão foram em Florianópolis (13,99%) e em Belo Horizonte (-13,99%), e as do tomate em Recife (-40,54%) e em Fortaleza (-40,44%). Entre os alimentos que subiram de preços destacaram-se arroz (em treze capitais), banana (em doze), óleo de soja (em onze) e o pão (em dez).