Monique Maia
Da Agência Brasil
Brasília - O Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia lançado hoje (31) pelo Ministério da Educação pretende estimular a formação de profissionais na área, além de orientar estudantes e empresários sobre o que é oferecido por instituições públicas e privadas. Segundo o ministro Fernando Haddad, "existe a necessidade de organizar e promover a formação de tecnólogos para responder a uma demanda crescente que vinha sendo suprida por profissionais de outras áreas". O ministro citou os setores de turismo, informática, agronegócio e cooperativismo para acrescentar que "o sistema de educação superior, público ou privado, tem que responder a essa demanda por profissionais que atendam às necessidades do país". Dados do Ministério da Educação revelam que 4% das matrículas de graduação no país são em cursos de tecnologia. Em países desenvolvidos, esse número chega à cerca de 40%.
O catálogo reúne 96 denominações para os 3.548 cursos superiores de tecnologia existentes. De acordo com a coordenadora geral de avaliação da Secretaria de Educação Tecnológica, Andréa Andrade, a variedade de nomes, muitas vezes, dificulta a identidade de um determinado curso. É o caso do curso superior de tecnologia em Marketing, que reúnem 33 denominações existentes no país. Gerência de vendas, gestão mercadológica e marketing hoteleiro são apenas alguns exemplos de nomes para um mesmo curso.
Além das denominações, são listados outros pontos como o perfil do profissional de cada curso e a estrutura das instituições recomendadas pelo ministério. Para a coordenadora, o catálogo "é um referencial não só para as instituições que oferecem esses cursos, como também de orientação para os alunos que vivem um momento de escolha de profissão ou de fazer uma pós-graduação”.O ministro Fernando Haddad ressaltou que uma das preocupações do catálogo é reduzir a ociosidade de cursos com qualidade. Dados do ministério revelam que 41,8% dos cursos tecnológicos no setor privado são fechados. No setor público, esse índice cai para 6%. Para a coordenadora, a falta de divulgação no processo seletivo, as dúvidas se os cursos são superiores ou não e a disponibilização de um curso que não se aplique bem a determinada região podem ocasionar queda na procura. Os cursos tecnológicos têm duração mínima de dois anos. E como os cursos superiores de graduação, também precisam ser reconhecidos pelo ministério.