Investimento em energias alternativas esbarra em falta de equipamentos, diz Vasconcelos

31/07/2006 - 20h55

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Eletrobrás vai investir em geração de energia a partir do carvão no Rio de Grande do Sul, em duas usinas – a Candiota, com mais de 500 megawatts de potência e financiamento da China, e de Ceival, de 500 megawatts, em parceria com a construtora Andrade Gutierrez e a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), outros sócios. O presidente da estatal, Aloisio Vasconcelos, informou ainda que serão desenvolvidos mais estudos na área litorânea, para geração de energia a partir das ondas do mar e dos ventos (eólica). "Para a geração de energia a partir dos ventos, o grande problema brasileiro é a falta de fabricantes. Há um mercado potencial para a construção de implementos de eólica no Brasil”, afirmou.

Segundo Vasconcelos, "há em todo o mundo uma reversão do posicionamento dos ambientalistas em relação à energia nuclear, por sua baixa contribuição ao chamado efeito estufa, ou aquecimento da atmosfera". A Eletrobrás defende a construção da usina nuclear de Angra 3 e já firmou parceria com a Coréia do Sul para realização de pesquisa conjunta nessa área. "Nós desejamos a construção dessa usina, mas muitos já nos dizem que é preciso preparar para Angra 4, 5 e assim por diante”, disse. 

Ele acrescentou que a estatal continuará a firmar parceria com outros países para pesquisa de energia, “porque nós desejamos cumprir a nossa missão de empresa moderna, eficientemente administrada, seriamente gerida".