Facilidade de negócios nas cidades brasileiras leva em conta a burocracia para as empresas

31/07/2006 - 18h18

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Orelatório Doing Business no Brasil, elaborado pelo BancoMundial (Bird) e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), mostra queas cidades brasileiras apresentam significativas variaçõesquanto ao grau de facilidade para a realização denegócios. De acordo com o diretor do MBC, CláudioGastal, as especificidades podem ser explicadas pela diversidade dasexigências regulatórias, tanto em nível estadualcomo municipal, assim como pelas diferenças na implementaçãode regulamentações federais.“Oque a gente quis mostrar é que, quando levando em consideraçãoo ambiente para o empreendedor brasileiro novo abrir um negócio,mesmo externo, ele tem muita variação entre as cidadese isso faz com que você tenha algumas vantagens e desvantagens.O que queremos agora é fazer com que, em geral, o Brasil todotenha um maior desempenho em termos de ambiente de negócio”,ressaltou Gastal.Segundo ele, de um total de 13 cidades, o estudoaponta Brasília como aquela em que a burocracia émenor. Para a elaboração do relatório foramconsiderados cinco indicadores: abertura de uma empresa, registro depropriedade, obtenção de crédito, tributaçãoe cumprimento de contratos.ParaGastal, é importante que as boas experiências sejamreaplicadas em outras partes do país. Por isso, ele defendeque os indicadores também sejam analisados separadamente, nãoapenas em conjunto. É o caso de São Luis, que ocupa a5ª colocação. Segundo ele, uma das iniciativas dedestaque é que o empreendedor pode providenciar num sólocal toda a documentação necessária para abrirum negócio.“Anossa intenção agora, nos próximos passos desserelatório, é começar a fazer um périploem termos das cidades no sentido de discutir práticas queestão sendo feitas, que são aplicáveis nosoutros estados e que devem ser copiadas e aperfeiçoadas paraque a gente possa, no conjunto do país, levantar odesempenho”, ressaltou.Segundo o diretor, o relatório levou seismeses para ser concluído. Os 13 estados foram escolhidos poruma questão operacional. “Tínhamos de ter umacapacidade de operação bastante ampla. Então,pegamos estados que a gente conseguisse uma cobertura derepresentatividade regional, e, também, em termos de variaçõesda economia”.Essefoi o primeiro relatório sobre o assunto publicado na AmériaLatina. O primeiro, lançado no ano passado, referia-se aoMéxico. De acordo com Gastal, a expectativa é de que,no ano que vem, seja lançado um novo estudo, com coberturasobre os 26 estados e o Distrito Federal.