Deputado diz que entrega amanhã sub-relatório da CPI dos Sanguessugas

31/07/2006 - 11h20

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O sub-relator de sistematização da Comissão ParlamentarMista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), disseque entrega amanhã (1º) ao relator da Comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), osub-relatório que fez durante o fim de semana.O deputado destacou que a partir da tarde de hoje (31), doiscomputadores serão disponibilizados para o acesso dos integrantes da comissãoàs informações dos 90 parlamentares investigados por suposto envolvimento noesquema de venda superfaturada de ambulâncias.Segundo o deputado, garantir o sigilo das informações, oscomputadores não serão conectados a impressoras nem terão acesso à internet.“Não haverá impressora e também nenhum programa que permita alterações para queos 32 deputados da CPI possam acessar as informações. Isso é por precauçãominha”, disse.Carlos Sampaio revelou que os nomes dos 90 parlamentaressupostamente envolvidos no esquema estão divididos em quatro categorias.O primeirogrupo contém documentos e provas “quase que incontestáveis” contra osparlamentares. São aqueles parlamentares que receberam dinheiro da Planam(empresa acusada de liderar o esquema) na própria conta bancária ou nas contasde assessores ou familiares.O segundo grupo é o que “contém provas robustas” contra osparlamentares. São aqueles que receberam dinheiro em espécie. “E existem outrosdepoimentos que dão credibilidade ao depoimento de Vedoim (dono da Planam),como o livro caixa da empresa e o depoimento de Maria da Penha Lino (ex-assessorado Ministério da Saúde)”, disse o deputado.O terceiro grupo é formado por parlamentares que forammencionados em depoimentos e “talvez o relator recomende diligências daCorregedoria para as providências cabíveis”. O quarto grupo é formado poraqueles parlamentares contra os quais nada ficou comprovado. “São parlamentaresque foram referidos, mas não há nada de concreto”, afirmou Carlos Sampaio.O deputado disse também que as informações divulgadas pelaimprensa de que entre 70 e 80 deputados efetivamente estejam envolvidos noesquema “têm muito a ver com a realidade”, mas não quis confirmar o númeroexato de envolvidos.