Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A indústria têxtil brasileira vai apresentar aos membros do Mercosul, em agosto, normas de padronização para roupas produzidas no Brasil e comercializadas entre os países do bloco. O pedido foi feito pela Argentina, de acordo com o gerente de infra-estrutura da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Silvio Nápoli.Ao contrário do que acontece na Argentina, o Brasil não tem uma norma rígida que defina uma grade única de tamanho para o vestuário. Há apenas uma resolução para que toda a cadeia têxtil coloque nas peças etiquetas com informações sobre o produto, mas os tamanhos podem variar. O consumidor que comprar duas peças do mesmo número pode obter tamanhos diferentes. “Cada confecção tem o seu padrão, seu molde”, afirma Nápoli.Em reunião do Mercosul que acontece ainda em agosto, o Inmetro vai apresentar a proposta de atualização da resolução adotada pelo Brasil. O documento terá expresso um tamanho referencial, ou seja, uma medida única para um detalhe da peça. No caso das camisas, por exemplo, todas devem ter a mesma largura para o pescoço. Detalhes como comprimento e largura ficam por conta de cada fabricante. “As medidas têm o objetivo de proteger o consumidor e harmonizar a comercialização”, explica o gerente da Abit.Nápoli disse acreditar que as mudanças serão aceitas pelos países do Mercosul, em especial a Argentina, e esperar que já em outubro possam ser oficializadas. A partir daí, a indústria têxtil teria um prazo de 30 meses para se adequar.