Roberta Lopes e Shirley Prestes
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o prolongamento do plano de emergência para a Varig para dar apoio aos passageiros que ainda tenham vôos cancelados pela empresa. A medida dá um prazo maior para a Varig tentar retomar as rotas concedidas e que estão congeladas sob determinação judicial.“Não é uma falta de vontade da empresa, no sentido de não querer operar ou ter má vontade com o usuário. Ela foi subjugada a essas decisões”, disse diretor-presidente da Anac, Milton Zuanazzi. A Varig, acrescentou, está sob emergência há mais de 30 dias, “por isso a Anac compreende o momento e adota as medidas, junto com as demais empresas, a fim de não prejudicar os usuários”.Zuanazzi destacou, porém, que “emergência não pode ser para sempre” e que a Agência vai aguardar os prazos estipulados após o leilão, para retomar a normalidade. E ressalvou que não haverá punição à “atitude precipitada da Varig”. Mas, segundo ele, se a empresa voltar a suspender vôos sem o aval da Anac, "poderá ter seus horários de transportes retirados e transferidos para outras companhias aéreas”. A agência também informou que a VarigLog, compradora da Varig no leilão desta semana, fez o pagamento à Câmara de Compensação para pagar o endosso das passagens da Varig por outras companhias. As orientações da Anac aos passageiros com viagem marcada pela empresa é que procurem a Varig para que esta providencie vaga na própria companhia ou em outra companhias, em caso de cancelamento de vôos. Zuanazzi disse ainda que os passageiros devem guardar notas de despesas extras de hotel, restaurantes e transportes enquanto estiverem impossibilitados de voar, para cobrar da Varig.