Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No décimo dia daofensiva militar das tropas militares de Israel no sul do Líbano,o mundo vive uma guerra de versões sobre o total do númerode mortos nos ataques e sobre o impacto em alvos civis no território.As autoridades de Israel e do Líbano divergem sobre asinformações sobre o número de integrantes mortosque integram o Hizbollah, grupo armado libanês, e tambémde civis mortos nos ataques.Segundo a AgênciaLusa, o ministro da Saúde do Líbano, Mohamad Jalife,fez um balanço dos ataques das Forças Armadas de Israelno sul país e contabilizou 362 mortos civis, sendo 20 apenas ligados ao grupo armado, e 500 milrefugiados. Já as fontes de Israel falam em 100 mortes demilitantes do Hizbollah. Hoje (22), odécimo dia da ofensiva militar israelita no país doOriente Médio, a aviação de Israel bombardeou deforma intensa as regiões de Tiro e Nabatieh.Em conferência deimprensa, o ministro libanês afirmou mais de meio milhãode pessoas teve de abandonar as suas casas e enfrenta agora umasituação alimentar e de segurança"catastrófica". A informação dadaontem (22) por Israel de que os ataques até agora mataramcerca de 100 militantes do Hizbollah foram questionadas pelo ministroda Cultura, Tarek Mitri. Segundo ele, apenas 20 dos mais de 300mortos eram militantes do Hezbollah.As ForçasArmadas de Israel anunciaram, também segundo a AgênciaLusa, que nas últimas 24 horas a força aéreaatacou 150 alvos no Líbano, visando armazéns dearmamento, lançadores de foguetes e estradas ligando o Líbanoà Síria.Até agora, setebrasileiros já morreram nos ataques. Centenas de brasileirosainda buscam sair da região, mas há dificuldade delocomoção dos comboios de ônibus pelos conflitos.O governo brasileiro garante a volta de mais 460 brasileiros queestão no país. Serão quatro que a ForçaAérea Brasileira para retirar brasileiros daquele país.O Itamaraty confirmou para esta tarde uma coletiva de imprensa parafalar sobre a situação atual na região.