Raquel Mariano
Da Agência Brasil
Brasília - O treinamento de um cão-guia começa quando ele ainda é filhote. Depois dedois meses de nascido, o animal é adotado por uma família de voluntários,chamada de “família hospedeira”, que será responsável por socializá-lo, até queele compete 1 ano de idade.O filhote deverá passar pelo maior número de experiências possível, como passeara pé ou de carro, em diferentes locais, tranqüilos e movimentados, manter contatocom pessoas, entrar em lojas e restaurantes, fazer viagens com a família,participar de todos os acontecimentos familiares. Saber comportar-se em todosos lugares por onde andar é fundamental para o seu futuro convívio social.Depois desse estágio, o cão volta para o centro de treinamento para seradestrado. Em seguida, um instrutor irá adaptar o cachorro e o deficientevisual à vida cotidiana. O cão-guia deve ser capaz de desviar de obstáculos ecomunicar ao dono quando houver travessias de ruas, por exemplo.Concluído o treinamento, o cão é cedido ao usuário por comodato, ou seja,ele é emprestado ao dono, mas continua pertencendo ao centro de treinamento oué doado ao deficiente. Segundo a titular da Coordenadoria Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Izabel Maior, o cão guiapode trabalhar, em média por nove anos antes de se aposentar.No Brasil, as raças mais usadas são o labrador e o pastor alemão, por seuporte e por apresentarem um bom caráter e capacidade de se adaptar às diversassituações.