Faltam recursos para segurança dos agentes penitenciários, diz sindicalista

16/07/2006 - 16h26

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Desde 12 de maio, quando teve início a primeira onda de ataques em São Paulo atribuídas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), um total de 18 agentes penitenciários foram assassinados e outros três ficaram gravemente feridos, segundo o secretário geral do sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado (Sindasp), Rozaldo José da Silva. Silva queixou-se da falta de recursos para a defesa dos agentes, dizendo que ainda não foi regularizada a questão do porte de armas para a categoria. Ele contou que na noite da última quarta-feira (12) o agente penitenciário Abner Machado da Silveira foi morto quando fazia a segurança no presídio semi-aberto Professor Ataliba Nogueira, em Campinas. Outro funcionário também foi baleado com gravidade ontem (15) em Praia Grande. Joelson de Souza Maia, de 32 anos, foi atingido por tiros em um bar no bairro Melvi e levado para a Santa Casa de Praia Grande, no litoral paulista. Os agentes penitenciários estão em greve em 11 unidades de um total de 144 existentes no sistema prisional de São Paulo. A paralisação é um sinal de protesto contra a crise na segurança após os novos ataques do crime organizado, que teve início na noite da última terça-feira (11). A greve atinge seis unidades do complexo Campinas/Ortolândia, o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Americana, o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto, as Penitenciárias I e II de Presidente Venceslau e a Penitenciária Feminina de Campinas.