Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo -
Os servidores penitenciários estão entre os mais afetados pelas ações do crime organizado, depois dos policiais. Desde meados do mês de maio, 14 deles foram assassinados. "É difícil dizer quais são os motivos dos ataques, o principal é a certeza de que não vai acontecer nada. Se nós tivéssemos um Estado com número suficiente de policiais, de agentes de segurança penitenciária, equipamento, força policial, autoridade e decisão técnica para agir, obviamente aniquilaríamos o crime organizado em qualquer lugar do Brasil", afirmou o sindicalista.
Já o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), João Rinaldo Machado, considerou que a nova onda de ataques deve estar relacionada à decisão da polícia paulista de transferir líderes das facções para unidades de segurança máxima.
Em nota divulgada na tarde hoje, o governador Cláudio Lembo afirmou que o trabalho de investigação contra a criminalidade é "diário e contínuo".
Em todo o estado, 20.400 agentes penitenciários trabalham nas 144 unidades prisionais, que abrigam aproximadamente 130 mil presos.