Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio -
O empresariado fluminense, liderado pelo presidente da Federação das Indústrias (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, defendeu hoje (12) em encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a manutenção da austeridade fiscal, mas sem aumento de impostos. O ministro garantiu que "os gastos do governo estão sob controle" e acrescentou: "Estão aumentando, porém se mantêm dentro de um certo parâmetro do Produto Interno Bruto. A receita também está aumentando – não a tributação, não as alíquotas de impostos, mas a arrecadação de modo geral, por causa do crescimento da economia, da formalização”.
Mantega lembrou que o resultado do mês de maio do superávit primário foi de 4,51%: “Portanto, está sob controle”. E disse que houve demandas no sentido de redução tributária, enquanto, por outro lado, se quer que o governo mantenha o equilíbrio fiscal. "São duas questões que vão em direções contrárias, mas é preciso compatilibilizá-las. Na verdade, dá para compatibilizar, se mantivermos um crescimento robusto e uma formalização da economia", acrescentou.
Em relação aos tributos federais, o ministro afirmou que a aprovação da Lei Geral da Pequena e Média Empresa os reduzirá e também os tributos estaduais. "A aprovação dessa lei vai desonerar a pequena e média empresa e dará impulso à economia do Rio de Janeiro", disse, ao lembrar que desde 2004 existe uma desoneração nos tributos nacionais. "O volume de renúncia fiscal pelo governo já atinge R$ 19 bilhões desde essa. Nós estamos desonerando a produção e eu acho importante que isso continue para que ela seja cada vez mais competitiva", acrescentou.
O ministro da Fazenda destacou ainda que os gastos do governo estão permanentemente sob vigilância. "Não há gastos supérfluos no governo federal. O que houve foi um aumento de despesas de caráter social, como o Bolsa Família, cujo efeito é considerado muito importante na sociedade brasileira", disse.