Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio -

Em resposta às reivindicações do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon/RJ), Roberto Kauffmann, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que formará um grupo de trabalho a fim de analisar as sugestões para melhorar os programas habitacionais em curso.  

Kauffmann integrou comissão de empresários liderada pelo presidente da Federação das Indústrias (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,  que atendeu a convite de Mantega para relatar os problemas que afetam as empresas dos setores de indústria e comércio. 

Mantega destacou que “a construção civil nunca foi tão bem como agora no Brasil: está se recuperando de uma longa letargia, a partir de uma série de medidas que foram tomadas e já demonstra grande vitalidade”. Ele citou os financiamentos habitacionais, que neste ano totalizarão cerca de R$ 20 bilhões, mas ressalvou que "ainda há muita coisa a fazer”.

E admitiu que em relação à média de outros países, como a Espanha, por exemplo, em que 30% dos financiamentos globais são direcionados para a construção, "o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Nós podemos chegar a R$ 100 bilhões, ativando uma cadeia produtiva que vai irradiar renda, emprego e crescimento para todo o país. Portanto, vale a pena investir”. 

Entre as sugestões formuladas pelo presidente do Sinduscon/RJ, Mantega enumerou a permissão para que o financiamento seja estendido também às empresas de construção, e não apenas para o comprador de imóveis na planta, e a mudança nos critérios de avaliação de risco das empresas construtoras pela Caixa Econômica Federal, cujo rigor é considerado excessivo pelo setor.